Eu
não sinto falta de ninguém ou de nada, porque a falta significa que ficou um
vazio na memória e no coração, e minha vida é um ciclo, sempre quando deixo um
lugar, um novo começo a frequentar, e aquelas pessoas que se foram, agora
outras novas chegaram, e assim minha vida nunca fica vazia, e sim cheia, cheia
de pessoas que veem e vão.
Saudade.
Essa sim, eu sinto e muito. Sinto saudade da época do fundamental, quando eu
estudava das 7 da manhã até as 4 da tarde. Meus amigos e os professores eram
minha segunda família. Lembro que eu era aplicada, fazia todas as tarefas, mas
ainda assim conseguia fazer muitos amigos, de outras classes inclusive. Que
alegria me dá, quando eu lembro que nos intervalos eu ficava com minha amiga
roqueira escutando músicas alemãs. Teve uma época que até começamos a escrever
uma história juntas, com o título Em
outra dimensão.
E
na hora de voltar para casa? Meu pai me dava dinheiro para pegar ônibus, mas eu
preferia voltar a pé com a galera, ficávamos brincando na rua, conversando e
falando besteiras. Confesso que até beijinhos acontecia entre minhas amigas e
os meninos. Não tive a sorte de acontecer comigo.
Depois
do fundamental, mudei de colégio para fazer o ensino médio, nesse mesmo período
comecei a fazer curso de jovem aprendiz. Conheci muitas pessoas, fiz novas
amizades, amizades peculiares até, mas nunca perdi minha integridade.
Continuava aplicada e dedicada. Modéstia parte, eu era uma das melhores nas
aulas tanto no colégio quando no programa de aprendiz. E tive meu primeiro
emprego assinado em carteira. O lugar era ótimo e conheci outras pessoas que
confesso querer reencontrar hoje em dia. Saudades que me dá de um amigo do
mesmo departamento, ele era um pouco mais velho, mas tinha a mesma vivência,
conversávamos sobre diversas coisas, eu me lembro que sempre sorria quando o
via aproximar, ele até me irritava, fazia piadinha, mas no fundo eu gostava.
Quando
acabou meu contrato, me formei no ensino básico, meu tempo foi preenchido pelo
ensino técnico e pelo novo emprego temporário. As pessoas de lá? Eram
incríveis, com as ideologias iguais as minhas, achávamos que salvaríamos o
mundo. A do novo emprego nem tanto, mas ainda consegui fazer amizade, inclusive
com os meninos.
Depois
comecei a faculdade. Pessoal mais sérios, mais centrados, é claro que minha
amizade foi com os mais inteligentes da turma, sem deixar de interagir com o
restante da turma, fizemos vários passeios juntos.
Com
apenas 23 anos, passei por tantos lugares, e conheci tantas pessoas que é até
difícil acreditar, e conhecerei muito mais.
Sempre
que eu mudar minha rotina, irei conviver com pessoas com peculiaridades que
jamais deixará d eu sentir falta de ninguém. Por cada pessoa foi única para
mim, me ensinou algo, me despertou algum sentimento e que o tempo não apagará
da minha memória, eu sentirei sempre saudade de cada um, de cada momento, de
cada lugar. Me recordarei da cada momento com felicidade, com gostinho de ter
uma máquina do tempo para viver cada momento novamente.
E
por que não convidar cada pessoa, cada galera para tomar café, e sentir esse
sentimento maravilhoso. E lembrar que ninguém me faz falta, por que ninguém me
tirou nada, e sim, me preencheu com um pouco de si.
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