Estava
tudo preparado para a grande festa. A mãe, os irmãos, os filhos, os genros e
nora e os netos já estavam na casa dos avós. O genro estava na churrasqueira
quando os tios e as primas chegaram. Nossa! Quanta gente!
Logo
foram chegando e já foram servindo-se: arroz, farofa, salada de maionese,
salada de repolho, linguiça, carne... É, tinha bastante comida também.
Em
cada canto da casa, alguém conversava sobre algum assunto: música, estética,
pessoas que estavam presentes, pessoas que não estavam presentes. Rolava
cerveja, batida e muita música, só que ninguém dançava.
O
vô, de idade avançada, não estava bem e foi dormir antes da hora. A vó limpava
tudo, tentando manter a casa mais organizada possível. Pronto! O pai chegou e
não deixou a mãe em paz, falava mal da roupa, falava que ela estava gorda,
falava dos filhos, mas ele já tinha bebido muito e até a tia xavecava.
Perto
da meia noite o vô acordou mal humorado e reclama de tudo, da mesma fora do
lugar, das cadeiras e principalmente do som. Coitado, há tempos ele anda lelé.
Os filhos para não fazer o pai morrer dos nervos faziam lhe sua vontade, mas
antes provocava um pouco lhe perguntando por que tinham que pôr a mesa no
lugar.
E
a cerveja rolava.
Para
quem não bebia álcool, era refrigerante.
Logo
a mãe colocou as sobremesas sobre a mesa: creme de abacaxi, bolo de coco, bolo
de pêssego, pavê, sagu, e todos se panturravam ao máximo que podiam.
0h.
1 de janeiro. Eram fogos para todos os lados, alguns admiravam, já outros se escondiam. E logo começaram a se
abraçarem e desejar “um Feliz ano novo!”. Coitado, um dos filhos chorava por
não ter a filha por perto. Fazer o que? São problemas de família.
Os
tios e as primas foram embora para dormir, ou não.
Mas
a festa ali continuava, e continuava, e
continuava...
Já
eram 12hs do dia 1º de janeiro, e lá estavam todos novamente. A festa não acaba
e não acabará.
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