Crônica: Um curto romance
















Ela entrou no ônibus, pagou a passagem, rodou a roleta e procurou um lugar para sentar. Durante o percurso do ônibus, olhava pela janela, nada de diferente. Rotina.
O ônibus parou no terminal central da cidade, mas não era o ponto final desse ônibus, ele continuaria seu trajeto. Ela olhou para a porta da frente vendo se alguém interessante entrava, e para quebrar a rotina, entrou.
Ele estava acompanhado por um amigo talvez, bem esquisito, mas ele pelo contrário, era bonito e fazia o tipo dela. Desperta interesse, mas ela sabia que não ia passar de apenas uma troca de olhares sem nenhum interesse da parte dele.
Ela olhava para ele, virava o rosto quando ele ou o menino esquisito olhava, depois olhava para ele de novo. E durante o caminho, aconteceu o que ela já sabia, não passaria de troca de olhares...
Ou não...
Estava quase chegando o ponto onde ela desceria. No ponto anterior, o garoto esquisito se despediu e desceu.
Ele, que estava do outro lado do ônibus ficou a olhando e ela sem querer deixou escapar um sorriso e ele sorriu também, ela virou a cabeça e continuou sorrindo, e quando o olhou de novo ele continuava a olhar para ela. Ele levantou e sentou do lado dela, bem perto, quase a esmagando, mas ela não se importava.
Ele perguntou por que ela esteve olhando tanto para ele, mas ela era tímida e disse que ele estava olhando para ela primeiro, eles riram.
O próximo ponto ela desceria, mas ela não queria deixa-lo, ela queria continuar do lado dele, conversar com ele, manter contado... Então, ela não desceu.
Ele disse que desceria no outro ponto com ela e ensinaria o caminho de volta.
Na rua, bem na esquina, ele a beijou. Encontram-se os lábios, mas ela não quis se envolver mais, estava muito exposta e precisava voltar. Ele a guiaria mostraria o caminho para ela, mas ele mentiu, a puxou para atrás de uma árvore e a beijou, com toda vontade que ele manteve guardada. Ela desejou que o tempo não passasse, ela queria que demorasse mais, porém, o tempo não espera ninguém.
Ele mostrou o caminho de volta, ele se despediu, ela queria um beijo de despedida, mas ele negou.
Ele pegou o numero dela, mas talvez por educação... Ele nunca ligou.

Lucy Batista

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